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Amor, juventude e uma banana para o Facebook
Essa foi uma semana cheia de novidades, <<Primeiro Nome>>. E você está olhando para uma delas: a minha newsletter.
Cansada de contar com o Facebook para divulgar meus textos (em postagens que ele não deixa todos os meus seguidores verem), resolvi experimentar um novo meio de me comunicar com os leitores – apesar de dizerem por aí que esse negócio de e-mail é ultrapassado.
Mas é uma forma de eu ter certeza que a minha mensagem chegou até você, sem nenhuma rede social sedenta pelo meu dinheiro tentando me filtrar. Pronto, agora só vai caber a você, <<Primeiro Nome>>, decidir se quer ler as minhas bobagens ou não. Nada de Zuck dizendo o que você pode ver!
Essa semana vi outros dois produtores de conteúdo reclamando que suas atualizações não estão chegando para os seguidores (o escritor Tarrask e a desenhista Ana Luiza Koehler), o que só mostra quantos conteúdos bacanas estamos deixando de ver para aparecer na nossa timeline mais anúncios de emagrecimento e posts engraçadinhos de empresas.
Vejo um grande problema no Facebook (além de cagar para os discursos de ódio que são disseminados ali dentro): ele trata produtor de conteúdo como anunciante. Pra entender melhor essa questão, recomendo a você dois vídeos: A Fraude do Facebook e O Problema com o Facebook.
Enfim, tudo isso para dizer que quero dar uma grande banana para o Facebook, embora eu vá manter minha página ativa por mais algum tempo. Uma rede social que trata produtores de conteúdo (e as pessoas no geral) desse jeito não merece prosperar.
Além disso, esse negócio de e-mail faz a gente se sentir mais íntimo, né?
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Lançamento do livro Amor: Pequenas Estórias
Foi ontem (o tal Valentine’s Day comemorado lá fora) o lançamento do primeiro livro do site Confeitaria, o “Amor: Pequenas Estórias” – tão lindo e cheio do amor de pessoas talentosas quanto o evento de lançamento.
Fiquei tão empolgada conversando com as pessoas maravilhosas que estavam lá que simplesmente esqueci de tirar fotos para mostrar o evento (ai, Aline). Mas tirei fotos do livro porque a edição é tão fofa e feita com tanto capricho que eu não resisti. A edição e organização da coletânea foi feita pela Fabiane Secches e a capa é do Arthur Daraujo e Thiago Thomé. Linda, né?
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Quando recebi o convite da Fabi para escrever um texto para o livro, fiquei bastante instigada pelos dois desafios que teria pela frente: escrever um texto sobre amor (não sou nada romântica) e escrever um texto de até 800 caracteres (socorro, 800 caracteres é muito pouco!).
Cortando daqui e espremendo de lá, acabei conseguindo compor um texto que (coisa que é bem a minha cara) questiona a idealização romântica.
Ah, e a ilustração é minha também. Lobby das ruivas marcando presença.
Tem tantas histórias lindas e bem escritas nesse livro que dá até dó de serem tão curtinhas. E as ilustras gente? Uma mais incrível que a outra. Tive a honra de ter meu nome ao lado de grandes autoras/autores, como Clara Averbuck, Juliana Cunha, Juliana de Faria (a “Think Olga”!), Pedro Fonseca e tantos outros!
Pena que estraguei alguns livros com os meus rabiscos – minha letra já é feia e eu estava meio tonta (o que pode ter resultado em dedicatórias cafonas e com frases mal escritas). Foi mal :(
Mais informações sobre o livro aqui: http://confeitariamag.com/livro/
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Nossa mania de opostos
"Só há dois lados em uma história, só pode haver. Será que temos essa mania de dualizar tudo porque somos criaturas com o cérebro dividido em dois hemisférios? Será que se vemos mais do que dois lados já não conseguimos processar, trava o sistema, tem que reiniciar, chamar um técnico?
Talvez não estejamos preparados para ver mais de duas facetas de alguma coisa porque em seguida já vem outra polêmica e precisamos nos posicionar logo. A roda da opinião não pode parar de girar.
Acaba que essa polarização ajuda as pessoas a se posicionarem com a rapidez que a indústria da opinião exige. E tendo apenas dois lados para considerar, fica fácil ver quem são os seus inimigos: quem está do lado oposto, lógico!"
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A romantização de uma juventude que se acha muito especial
Neste texto, tracei um paralelo entre o seriado Girls, o filme Reality Bites e o livro On The Road, para analisar a representação da juventude nessas 3 épocas distintas.
"[Em Girls] podemos ver jovens que se acham muito especiais, mesmo não fazendo nada que justifique este pensamento de que as regras do mundo não se aplicam a eles. Hannah acredita ser a voz de uma geração, embora aja como se a obra de sua vida simplesmente vá cair em seu colo. Ela e suas amigas ficam tão envolvidas em suas próprias questões existenciais, problemas no relacionamento e outras coisas que orbitam ao redor de seus umbigos que, diante de qualquer contato com a realidade e de qualquer obstáculo que precisam superar para sobreviver (como prazos de entrega ou pagamentos de aluguel), elas simplesmente piram. Quebram-se, frágeis. Nesse ponto, quase romper o tímpano com um cotonete ou fazer um estrago irreparável no cabelo representa a incapacidade de lidar com a ansiedade, bem como com a frustração de perceber que apenas se achar especial não é o suficiente para sê-lo – e, invariavelmente, quem se acha assim tão especial tende a quebrar a cara."
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